
No final do século XIX, surgiam com toda pompa em São Paulo, hotéis, bancos, edifícios de escritórios, sedes administrativas, estações ferroviárias, escolas, indústrias, etc., demonstrando e comprovando toda a vitalidade capitalista da cidade dos barões.
Nos arredores do triângulo histórico (cujo vértices eram contituidos pelos coventos de São Francisco, São Bento e do Carmo), onde a cidade passou a se formar, cresciam ricos palacetes e incontáveis chalés, estes últimos muito populares durante os anos de 1870 e 1880, mas que de um modo ainda mais rápido "passaram de moda", e acabaram sendo demolidos ou reformados, desaparecendo da cidade.
Desse estilo - e período - a única construção ainda presente em nossos dias é a antiga residência do Major Banedito Antônio da Silva; construído em 1880, com uma mistura de taipa de pilão e tijolos e sobre a base de uma das primeiras construções da capital, o chalé - apelidado de Casa número 1 - já serviu de colégio, órgãos ligados a Polícia Federal, instituições culturais, além do Arquivo Histórico Municipal; timidamente localizado na Rua Roberto Simonsen, 136B, próxima ao Pateo, entre o Solar da Marquesa e a casa de Anchieta, hoje encontra-se fechado para reformas.
Em sua visita à Casa número 1, atente-se às características únicas e em boa parte originais da construção, como o frontão triangular, gradil, alpendre e janelas em estilo art déco.
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