panoramasãopaulo
Nossa paulicéia: retratos, retalhos...
30/11/2006
Electric-ballet
Torres em complexo da Eletropaulo, na região do Brooklin, por Adriano Vieland

O desenvolvimento tecnológico nos "presenteou" com verdadeiras giringonças metálicas, tais como antenas e torres dos mais diversos tipos, formatos, usos e tamanhos.

Quilômetros de cabos, armações na cor cinza; bonitas não são, mas passa longe de mim questioná-las - soaria hipócrita - pois graças a muitas delas, hoje posso divulgar essa foto ou texto, além disso, meu conhecimento quanto aos aspectos construtivos e estruturais, é nulo. Torço apenas que sejam respeitados bens tombados, áreas de preservação, e o bem estar da população, quando em seu planejamento.

São feias, e como o clichê me permite dizer, o que não tem remédio remediado está, busco encontrar o ponto de belo num gélido e mecânico cenário, por mais difícil essa tarefa seja, como num emaranhado de torres que parecem bailar em alta voltagem, para um expectador inexistente ou desinteressado.

Na imagem está retratada parte de um complexo da Eletropaulo entre a Marginal Pinheiros e a o final da Berrini, já próximo da Avenida dos Bandeirantes, ao lado da Usina Elevatória da Traição e da Praça do Cancioneiro.


 

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29/11/2006
Hospital Santa Helena
Detalhe para a fachada do Hospital Santa Helena, por Adriano Vieland

Em 1936, um casal resolveu voltar suas atenções - e investimentos - ao bem-estar da sua comunidade, constituindo uma fundação que levaria seus nomes, Antônio e Helena Zerrenner.

Em 1945, na esquina das ruas Vergueiro e São Joaquim, tal fundação veio a inaugurar o Hospital Santa Helena, até hoje marcando presença com seu característico traçado sinuoso na convergência das duas ruas.


 

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28/11/2006
Colégio Santo Agostinho
Detalhe para a torre da igreja do Colégio Santo Agostinho, por Adriano Vieland

Nunca havia me atentado pelo conjunto que constitui o Colégio Santo Agostinho, até uma manhã de sábado, seis anos atrás.

Naquele dia, enquanto aguardávamos uma apresentação teatral na qual minha irmã iria participar - no Centro Cultural São Paulo - eu e meu avô estávamos conversando quando ele chamou minha atenção, dizendo que bem ali, onde hoje temos a estação Vergueiro do metrô, era o ponto exato em que ele tinha que saltar do bonde para ir ao dentista, que ficava próximo do referido colégio.

Disse ele que era muito bom ver que a região, apesar de todas as mudanças, contava ainda com a simples e bela igreja do Colégio Santo Agostinho e sua imponente torre, que então em sua infância e adolescência, era visível de diversos pontos da cidade, e tinha seu relógio como referência.

É bem provável que, passando pela Rua Vergueiro ou na Avenida 23 de Maio - na altura do Centro Cultural São Paulo - você já tenha também visto a torre.

O terreno onde foi erguido o colégio dos Agostinianos fica no alto do antigo Morro Vermelho, colina vizinha ao então Rio Itororó, hoje canalizado sob a Avenida 23 de Maio; o local foi adquirido em 10 de novembro de 1906, tendo a construção do colégio aprovada pelo Conselho Vice-Provincial em 1929, com obras sendo iniciadas em 1930 e autorização de funcionamento liberada pela Diretoria Geral de Ensino em 1931.


 

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27/11/2006
Capela dos Aflitos
A sufocada capela no Beco dos Aflitos, na Liberdade, por Adriano Vieland

Solitária, esquecida, escondida; uma construção ímpar, exemplo único na megalópole, templo de inimaginável valor para nossa violentada memória urbana, é um delicado suspiro em busca de resistência. Situada num dos poucos becos aqui ainda existentes, se faz presente desde 1774 a Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, ou simplesmente, a tímida "Capela dos Aflitos".

Sua origem está ligada ao Cemitério dos Aflitos, o primeiro cemitério público da cidade, e que era voltado ao sepultamento dos menos favorecidos, como pobres, indigentes, escravos e muitos dos que foram, entre os séculos XVIII e XIX, sentenciados à forca; o local das execuções ficava bem próximo, a poucos metros, no Largo da Forca, atual Praça da Liberdade.

Dentre os sentenciados, o mais famoso foi Francisco José das Chagas - "Chaguinhas", como era conhecido; sua morte, em 1821, causou comoção junto a opinião pública da época, pois durante sua execução, foi somente na terceira tentativa que a corda resistiu, não se partindo.

A fé daqueles que acompanhavam as tentativas foi posta a prova, e muitos protestaram a favor do condenado, gritando que as cordas arrebentadas nas duas primeiras tentativas eram mensagens de Deus contra a execução imposta pelos homens. Gritavam por "liberdade". O fato criou um sentimento de misticismo envolvendo o local da forca, e de devoção em torno de Chaguinhas.

Com a inauguração do Cemitério da Consolação, em 1858, o Cemitério dos Aflitos foi desativado, e mesmo sob protestos, seu terreno foi loteado, sendo conservado somente o local onde se tem o beco. Tal loteamente permitiu a construção de diversos prédios, que vieram a sufocar a capela, que a partir de então sofreu, não apenas com o esquecimento, mas com diversas má sucedidas tentativas de reforma, causando em parte sua descaracterização.

Ainda que com um aspecto beirando a degradação, num local pouco iluminado, claustrofóbico, abriga tesouros, como um raro sacrário do início do século XVIII, e uma imagem de Santo Antônio de Categeró.

Seria uma atitude digna elevar a importância da capela, restaurando-a, e talvez construindo algum tipo de jardim ou boulevard por toda a extensão do beco, com a finalidade de se evitar a entrada de veículos - é horrível constatar que a rua serve de estacionamento durante os finais de semana, e tem sua via convertida em muitas oportunidades à banheiro público.


 

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26/11/2006
Hotel Alteza
Detalhe para a fachada do hotel Alteza, na Liberdade, por Adriano Vieland

Existem algumas curiosidades que só uma cidade como São Paulo podem proporcionar, como por exemplo a fachada do hotel Alteza, na Liberdade, com seu letreiro em japonês.


 

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25/11/2006
Casa de Anchieta
Detalhe para uma das janelas da Casa de Anchieta, no Pátio do Colégio, por Adriano Vieland

Num sábado ensolarado, o detalhe para uma das pequenas janelas da Casa de Anchieta, anexo ao Pátio do Colégio.

É muito fácil encontrá-las; do pátio, indo no sentido do Solar da Marquesa, na Rua Roberto Simonsen, olhe para a parede, no lado esquerdo. São realmente muito curiosas.


 

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24/11/2006
Para a esquerda
Passagem subterrânea Paulista-Rebouças, por Adriano Vieland

Algo pouco convencional em nosso cotidiano; num flagrante, a passagem subterrânea Paulista-Rebouças, inaugurada em 1973, sem a presença de nenhum veículo, durante o feriado de Corpus Christi, em junho último.


 

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23/11/2006
Do 37º andar
Do 37º andar do Edifício Itália, um panorama da cidade, por Adriano Vieland

Você tem um dia livre e não sabe o que fazer com ele? Espero que por aqui você encontre algumas dicas de passeios pela Paulicéia. O retratado hoje, em especial, impressiona, principalmente porque dele pode-se descortinar toda a imensidão de nossa selva de pedra, além de algumas outras construções famosas - como o Copan, o Hilton e a Igreja da Consolação.

Suba até os limites do Edifício Itália, se não conseguir chegar ao terraço, fique em um dos andares inferiores - como o 37º - e das janelinhas do corredor simplesmente fotografe, sinta a vertigem, análise o sombrio silêncio. Gaste seu tempo se surpreendendo.


 

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22/11/2006
Berrini 500
Detalhe do edifício Berrini 500, projeto de Ruy Ohtake, por Adriano Vieland

O conjunto que compõe o edifício Berrini 500, situado na Praça José Lanes, 40, junto da Avenida Eng. Luiz Carlos Berrini, 500, proporciona aos atenciosos uma exposição gratuíta do talento da família Ohtake.

Na praça, a enorme escultura, um arco vermelho de metal, leva a assinatura da mãe, Tomie, enquanto o edifício, com suas linhas futuristas, e estrutura de faces metalizadas, tem o projeto do filho, Ruy.


 

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21/11/2006
Índio Pescador
Detalhe para o 'Índio Pescador', na Praça Oswaldo Cruz, por Adriano Vieland

Não se ter conhecido o histórico ou este não estar facilmente disponível para pesquisa; constato que a verdadeira missão em localizar referências seja uma das verdadeiras culpadas por muitas de nossas esculturas e monumentos encontrarem-se em pleno estado de abandono.

Um teste: tente encontrar alguma informação relacionada ao "Índio Pescador", escultura situada na Praça Oswaldo Cruz, logo no início da Avenida Paulista. O trabalho vai ser difícil, já aviso de antemão.

Correndo por entre livros e sites da rede, o que consegui levantar é sua autoria, de Francisco Leopoldo e Silva, mas quanto sua inauguração, a data é imprecisa - pelo menos não foi obtida nenhuma informação consolidada, possível de ser repassada com segurança.

O "índio" foi inaugurado, provavelmente, no início da década de 20, numa iniciativa do governo para que fosse reforçado o ideal do nacionalismo durante as comemorações do centenário da Indepêndencia do país.

Ali, o índio aguarda atento, fixo, sua caça, o peixe - que por leituras de crônicas da cidade, descobri que nunca chegou por aquelas bandas. Sua visão foi testemunha, por décadas, do lixo que ocupava seu "lago", e quieto suportou - seria a falta de informação - até recente reforma - atitude merecedora de cumprimentos - no qual, além de ter sua fonte limpa (mas ainda seca), teve seu jardim revisto e seu antigo piso em mosaico substituido por blocos intertravados. O índio voltou a ter posse de sua arma, a lança, que encontrava-se inexistente, por muitas vezes dando espaço à cabos de vassoura ou similares.

O peixe ainda não veio, mas a consciente atitude de sua valorização para a memória urbana, certamente trouxe um pouco de alegria para nosso querido e paciente amigo.


 

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20/11/2006
Sombra matinal
Conjunto de prédios na Rua Cel. Xavier de Toledo, por Adriano Vieland

Num passeio pelo Centro, a luz do sol proporciona alguns belos efeitos quando atinge o tortuoso desenho dos prédios de concreto, como na imagem, na Rua Cel. Xavier de Toledo.


 

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19/11/2006
O relógio do Mappin
Da Praça Ramos de Azevedo, o característico relógio do antigo e tradicional Prédio do Mappin, por Adriano Vieland

Já faz tempo que ali não é mais o nosso tradicional "Mappin", o famoso prédio já se converteu para outros nomes, outros grupos, mas firme e forte continua ali, testemunhando o tempo que corre insanamente pela Praça Ramos de Azevedo.

Quadrado, branco e preto, tímido e perdido entre inovações e poluições, como telões e faixas promocionais, mas ele continua lá, simplesmente servindo e prestando seu serviço, simplesmente contando as horas, simplesmente o relógio.


 

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18/11/2006
Edifício Matarazzo, o "Banespinha"
Edifício Matarazzo, visto da entrada da Estação Anhangabaú do metrô, por Adriano Vieland

Nomes para o edifício-cubo-branco de concreto, junto da Praça do Patriarca, vizinho ao Vale do Anhangabaú e Viaduto do Chá não faltam; pare - educadamente é claro - uma pessoa na rua e pergunte: você sabe o nome desse prédio?

Algumas respostas que poderão "pipocar": Banespinha, Edifício Matarazzo, Conde Matarazzo, Palácio do Anhangabaú, Prefeitura, e por aí vai. Projetado pelo arquiteto italiano Marcello Piacentinni, a pedido do Conde Matarazzo, e inaugurado em 1940, segue linhas arquitetônicas de inspirações fascistas (em função da relação deste arquiteto com o regime de Mussolini).

Com seus 16 andares e quase 30 mil metros quadrados, é desde janeiro de 2004 sede da prefeitura, mas serviu originalmente como sede do grupo Matarazzo, e posteriormente - em 1947 - ao Banco do Estado de São Paulo. Uma caracteristica muito marcante para quem observa o edifício é o jardim Walter Galera, situado no topo; um verdeiro "parque-suspenso", com mais de 400 espécies plantas, flores, ervas medicinais e árvores.


 

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17/11/2006
Manhã corrida, Liberdade
Detalhe para pomba sobre uma suzurantõ, a lanterna que caracteriza nosso bairro oriental, a Liberdade, por Adriano Vieland

Manhã corrida, dia corrido; coisas de São Paulo. Na imagem, o detalhe para uma pomba que descansa sobre uma típica suzurantõ, a lanterna que caracteriza nosso bairro oriental, a Liberdade.


 

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16/11/2006
Edifício Martinelli
Visto durante uma caminhada pela Rua Líbero Badaró, o incomparável Edifício Martinelli, por Adriano Vieland

Manhã, bom dia; 30 andares, 130 metros de altura; cor-de-rosa único, é incomparável, foi amado e detestado, foi o maior de todos, e não apenas aqui, mas em toda a América Latina - quando em sua inauguração, marcando o início do movimento de verticalização da cidade.

Idealizado pelo comendador italiano Giuseppe Martinelli, teve como autor do projeto um húngaro, o arquiteto William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena, e foi erguido entre os anos de 1925 e 1929, tendo sua construção questionada por diversas vezes - inclusive na justiça - em função de sua considerável altura (que não era comparável com nenhum outro prédio no país). É talvez o mais belo edifício da cidade, e marca todo o glamour arquitetônico da Belle Époque que rondou a capital no início do século XX.

Teve altos e baixos; respondeu por seu pioneirismo, recebeu visitantes ilustres, abrigou em suas dependências os mais diversos tipos de instituições, empresas, residências, hotel, cinema, restaurantes, bares, cassino; foi contornado pelo Zepellin - em sua visita a cidade em 1933; sofreu duros golpes como problemas financeiros e a perda de prestígio - como o título de mais alto da cidade; foi cenário de crimes e invasões, tornou-se sinônimo de abandono e insalubridade; deu a volta por cima, passou por desapropriações e reformas, conseguiu novamente o prestígio e respeito, até ser tombado pelo Patrimônio e estar aí, praticamente 80 anos depois, ainda imponente em nosso cotidiano.

Nosso grande Edifício Martinelli.


 

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15/11/2006
Prontidão
Escultura de prontidão, observando os transeuntes, junto a parede do Hospital Santa Catarina, por Adriano Vieland

Caminhando pela Paulista, na calçada junto ao centenário Hospital Santa Catarina, sinta-se protegido, ou vigiado. Olhe para o alto. Aperte o passo ou deslumbre.


 

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14/11/2006
Ferro
Foto do monumento desconhecido, abandonado, diante da estação Anhangabaú do metrô, por Adriano Vieland

É bem improvável que das milhares de pessoas que circulam diariamente pelas proximidades da estação Anhangabaú do metrô, alguém não testemunhe o surgimento de um belo sinal de interrrogação flutuando suavemente sobre a cabeça ao cruzar com esse "belo exemplar" de barra de ferro brotando do chão, na calçada.

Seria um monumento? Resto de obra? Um indecifrável placa de indicação acusa a primeira alternativa, mas o estado de degradação e abandono da mesma pode ter transformado uma singela homenagem em um presenciável entulho. Triste, mas essa é a conclusão.

Pesquisando a respeito não encontrei nada. Autor? Data de inauguração? Motivo? Se alguém puder ajudar com as informações, eu agradeço; se alguém puder ajudar o pobre monumento, nossa memória será eternamente grata, ou pelo menos até o próximo pobre infeliz resolver transformá-lo no painel de sua ignorância.


 

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13/11/2006
Dumont-Adams
Fachada do abandonado Edifício Dumont-Adams, na Avenida Paulista, 1510, por Adriano Vieland

Triste Edifício Dumont-Adams, triste esquina, Avenida Paulista com Professor Otávio Mendes, local alvo de projetos ambiciosos que foram discutidos até a exaustão - e vetados - como a construção de uma torre-mirante que integraria o conjunto do vizinho famoso, o MASP.

Ignorado por muitos, inclusive "cultos" formadores e distribuidores de informação (leia-se "interessados de alguma forma em ganhar dinheiro com a degradação de nossa história, a favor do canibalismo arquitetônico contra nossa memória urbana"), é um pobre abandonado, simplesmente apenas um outro pobre figurante abandonado em nossa paulicéia.

As idéias deveriam ser outras; não é rentável reformar o edifício? Revitalizá-lo? A Paulista não é um local agradável para uma empresa se instalar? Ninguém gostaria de morar em local tão bem localizado? Duvido. Por que então não apenas reformá-lo? Por que não transformá-lo num centro cultural? Num centro de formação? Faculdade? Biblioteca? Escola de arte? Hotel?

Por que optar simplesmente pelo abandono?


 

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12/11/2006
Quase seis
Detalhe para o histórico relógio do Mosteiro de São Bento, o mais famoso da cidade, por Adriano Vieland

Em sua corrida pelo Centro, note, nem que por alguns segundos cronometrados, o mais famoso relógio da cidade, no Mosteiro de São Bento.

Um tesouro mecanimente preciso que permite, a cada quarto de hora, ouvirmos, ao comando dos anjos da torre, o soar do carrilhão de sinos alemães - são seis ao todo - de variados tamanhos, sendo que o maior pesa 5 toneladas, e tem 2 metros de altura.

Até o surgimento dos relógios de cristal de quartzo, era considerado o mais preciso da metrópole, referência aos acertos dos 'tic-tacs' dos transeuntes. Desde sua inauguração, em 1921, parou apenas uma única vez - uma pane momentânea - na década de 60.


 

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11/11/2006
O caixeiro
Detalhe do monumento 'O caixeiro', na Avenida Paulista, por Adriano Vieland

Está na Paulista? próximo da Casa das Rosas, de frente ao prédio do SESC? Note no então o ar de admiração expressado pelo caixeiro, sobre o jardim. O caixeiro perde seu olhar, viaja, simplesmente isso.

Deslumbra desde o dia 28 de novembro de 1988, toda a grandiosidade da maior de nossas avenidas; perpetua uma bela homenagem aos trabalhadores do comércio.


 

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10/11/2006
Reflexos cotidianos
Antena da TV Globo refletida no edifício CYK, por Adriano Vieland

Avenida Paulista, ponto alto do antigo Morro do Caaguaçu, nosso corredor, ícone, dona dos fluxos.

No cânion urbano formado pela centena de senhores de concreto e vidro, reflexos, como o acima retratado, onde se faz presente na espelhada fachada do imponente edifício Comendador Yerchanik Kissajikian - ou simplesmente CYK - a mais famosa das antenas da cidade, da TV Globo, com seus 110 metros de altura, sobre o prédio da Gazeta.


 

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09/11/2006
Dom José Gaspar, e oxigênio
A bela e conservada, graças a políticas públicas somadas a iniciativa privada, Praça Dom José Gaspar, no Centro da cidade, por Adriano Vieland

Trabalha no Centro? Está visitando a região? Quer encontrar um local agradável para descansar, ler um livro, curtir a natureza? Sim, no Centro de São Paulo, natureza... acredite, e confirme isso que aqui descrevo, fazendo uma visita a encantadora Praça Dom José Gaspar, junto da Avenida São Luís, atrás da Biblioteca Mário de Andrade.

Trata-se de um bom exemplo de que, se o bom senso prevalecer na pauta, políticas públicas somadas a incentivos da iniciativa privada podem ainda propiciar a tão querida chance - a luz fraca que pisca no fim do túnel - de se "curtir", sozinho ou com a família - simplesmente "curtir" - alguns bons momentos nas tão queridas praças da cidade.


 

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08/11/2006
São Bento e as marcas de bala
Face do Colégio de São Bento voltada para o Viaduto Santa Ifigênia, onde pode-se notar, no canto inferior direito da foto, as marcas de bala, testemunhas de conflito ocorrido em 1924. Por Adriano Vieland

Em novembro de 2000, durante uma reportagem num ótimo - e infelizmente extinto - programa de televisão, o monge designado a acompanhar a apresentadora durante seu passeio ao Mosteiro de São Bento, enquanto cedia diversas informações relacionadas ao histórico, mobiliário, relíquias, ambientes e rituais, cedeu uma informação, corrida e sem muitos detalhes, que talvez até tenha passado despercebido por parte dos telespectadores naquele momento, mas que ficou guardada em meu pensamento, alimentando sileciosamente meu fértil terreno imaginário.

Num certo momento o monge, buscando demonstrar a importância, não apenas da ordem, mas também do atual conjunto para a cidade, como testemunha das mudanças ocorridas nos últimos 400 anos, informou que o mosteiro guardava em suas paredes marcas de bala durante um ataque ocorrido na década de 20.

Adormecida, essa lembrança ganhou força após uma visita feita alguns meses atrás, durante um passeio fotográfico numa manhã de sábado, ao largo; saíndo da estação de metrô, subi as escadas no sentido de quem vai para o Viaduto Santa Ifigênia e me deparei com a parede lateral do Colégio São Bento - anexo a basílica - onde identifiquei, na face voltada para o referido viaduto, bem próximo do muro que cerca o conjunto, algumas perfurações na parede.

Sem a certeza de que esses furos fossem os mesmos furos citados durante a entrevista, fiz apenas uma imagem - a que ilustra esse texto; voltei para casa e procurei entre minhas anotações e livros, informações a respeito. Não obtive sucesso. Fiz buscas na internet, e idem.

Resolvi então entrar em contato, através do endereço de e-mail que encontrei no site do Colégio São Bento, e eis que para minha surpresa, algumas semanas depois, recebo a resposta vinda do Prof. Dr. D. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes Jr., OBS, reitor do Colégio e Faculdade de São Bento.

Ela confirmava minha suspeita, era essa mesmo a parede, e ainda complementou as informações, repassando que foi durante um ataque das tropas do General Isidoro Dias Lopes à cidade, ocorrido em 1924, que os muros ficaram marcados.

Testemunha de um episódio ocorrido a mais de 80 anos, a parede perfurada está lá, visível, para todos os interessados. Muito obrigado Prof. Dr. D. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes Jr., pelas considerações e informações enviadas.


 

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07/11/2006
Consolatrix-afflictorum-ora-pro-nobis
Detalhe para os ornamentos no frontão da Igreja da Consolação, por Adriano Vieland

Foi em 1799 que a Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e São João Batista idealizou a construção de uma primeira capela, a beira da trilha - atual Rua da Consolação - que levava à concentração indígena situada onde hoje existe o bairro de Pinheiros. O local, então isolado, era propício ao tratamento de doentes acometidos pelo mal de Hansen (lepra), um dos objetivos primordiais da irmandade.

A construção original, em taipa, deu lugar em 1907 ao atual templo, com sua respeitável torre de 75 metros de altura, e caracterizado por elementos góticos e românicos, cujo projeto é de autoria de Maximiliano Hell - o mesmo responsável pelo projeto da Catedral da Sé, vitrais da Casa Conrado Sorgenicht e pinturas de Benedito Calixto e Oscar Pereira da Silva.

São justamente as pinturas internas que notamos carecer de mais atenção; o teto, em alguns pontos, está descascando e com marcas de infiltração, mas é claro que por ser um marco da cidade, certamente os orgãos competentes estarão providenciando para o quanto antes as respectivas manutenções e processos de restauro - pelo menos é isso que esperamos.


 

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06/11/2006
Santa Ifigênia, o viaduto
O Viaduto Santa Efigênia, tranquilamente vazio, numa manhã de domingo, por Adriano Vieland

Minha opinião: os cartões postais são, por muitas vezes, injustos. E o porquê dessa minha afirmativa? Simples, tente buscar em sua memória quantos postais da cidade, retratando nosso belo Viaduto Santa Ifigênia, mostram sua face superior? São poucos, muito poucos.

Sempre é retratada sua inconfundível estrutura metálica, planejada por José Oswald Nogueira de Andrade - pai do famoso escritor - pré-fabricada na Bélgica após anos de discussão e concorrência pelo projeto, e instalada na cidade entre os anos de 1911 e 1913.

Mas e seu calçamento? Seu mosaico - muitas vezes questionado por especialistas - composto de pastilhas coloridas plenamente ornado com suas luminárias? Ainda que inseridos num posterior momento à sua inauguração - em 1978 - compõe um dos mais belos conjuntos arquitetônicos da cidade - pelos menos essa é a opinião da mesma pessoa que considera os postais, por muitas vezes, injustos.

Talvez seja justamente a dificuldade de se fazer uma imagem que permita contemplar essa beleza ímpar na paulicéia a verdadeira culpada; durante boa parte das horas do dia, o viaduto encontra-se literalmente forrado por vendedores ambulantes com suas lonas plásticas, exibindo os mais variados produtos - um verdadeiro reino encantado para os camelôs. Mas fica aí nosso belo viaduto, tranquilo, numa manhã de domingo, e ao fundo, a neogótica Igreja de Santa Ifigênia situada no largo com o mesmo nome da santa.


 

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05/11/2006
Assim seja
Detalhe para a estaca mensageira nos jardins do Hospital Santa Catarina, por Adriano Vieland

Num passeio pela Avenida Paulista, o detalhe para a estaca mensageira nos jardins do Hospital Santa Catarina.


 

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04/11/2006
Imprensa
Painel de Di Cavalcanti, na fachada do Hotel Jaraguá, por Adriano Vieland

Se você está nas proximidades do Hotel Jaraguá, ali onde se encontram a Avenida Consolação, a São Luís, a rua Martins Fontes, a Marjor Quedinho e o Viaduto 9 de Julho, tenha calma, diminua a pressa, desacelere o passo e simplesmente note o painel, que a mais de 50 anos, dá vida à face principal desse clássico edifício no "Centro Novo" de nossa paulicéia.

Trazendo a lembrança de remotas épocas onde o prédio serviu de abrigo às redações do Estado de S. Paulo e posteriormente do Diário Pupular, junto do espelho d'água, uma obra de rara beleza, um painel de pastilhas entitulado "Imprensa", de autoria de Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, ou simplesmente, Di Cavalcanti.

Nascido no Rio de Janeiro em 1897, o consagrado artista plástico, residiu quando ainda jovem na capital, chegando a frequentar (mas não concluindo) a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Foi um dos organizadores - e criou peças promocionais como cartazes e catálogos - da Semana de Arte Moderna de 1922. Falecido em 1976, Di Cavalcanti, diante a vanguarda de suas criações, é tido como um dos principais artistas da história de nosso país.


 

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03/11/2006
Bom dia boulevard!
Boulevard São João, visto em seu cruzamento com a Líbero Badaró, numa manhã de domingo, por Adriano Vieland

Nada além do jardim, o fio de vento que sopra rumo ao vale e o silêncio que se quebra somente ao distante canto de algum pássaro não indentificável e o ruído de conversa entre dois policiais que circulam pela região.

Retrato de uma manhã de domingo, para ser mais preciso, as seis horas e três minutos, que poderiam ser confirmados no desfocado relógio, ao fundo na fotografia, no Boulevard São João.


 

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02/11/2006
Desculpe-nos Sr. Julio
Flagrante do munumento homenageando o jornalista Julio Mesquita, marcado por uma bala, por Adriano Vieland

Desculpe Sr. Julio Mesquita, eu tenho certeza de que, quando "o povo de São Paulo" ergueu essa pequena homenagem junto da Biblioteca Mário de Andrade, defronte ao prédio do atual Hotel Jaraguá, onde funcionou a sede do jornal O Estado de S. Paulo - que o senhor pode dirigir por décadas - não se tinha em mente ver sua imagem marcada por uma bala na testa.

Meus sinceros pedidos de desculpas, pela ação de algum alienado ignorante.


 

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01/11/2006
Pomba
A pomba no alto da escadaria do Largo da Memória, por Adriano Vieland

Da escadaria do Largo da Memória, enquanto seguia para a Rua Cel. Xavier de Toledo, a pomba me aguardava, atenta, sob o sol da manhã; ao ser cumprimentada, partiu num vôo rasante, em busca de migalhas, rumo à Praça da Bandeira, onde junto dos pontos de ônibus, transeuntes tomavam seu café da manhã.

Ao fundo, os prédios da Rua Quirino de Andrade, que se contrapõem ao imenso paredão da antiga Ladeira dos Piques. Detalhe para o relógio do Hotel Jaraguá, edifício que já abrigou os jornais O Estado de S. Paulo e Diário Popular.


 

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