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Nossa paulicéia: retratos, retalhos...
24/10/2006
A sorte de Camões e a tristeza de Mário
Flagrante da estátua em homenagem à Camões, diante da fachada pixada da Biblioteca Mário de Andrade, por Adriano Vieland

É sorte de Camões estar de costas para um vergonhoso exemplo de manifestação de ignorância, tristemente tão comum em nossa cidade. Não há outra forma de expressar tamanho descaso explícito; é de se indignar, sentir náuseas, nojo da pobre alma que se pré-dispõe a expressar o tamanho de sua pequenice escalando as paredes da Biblioteca Mário de Andrade e simplesmente descarregar sua lata de spray.

A biblioteca é a mais importânte da cidade, com um dos acervos mais expressivos do país; conta com mais de meio milhão de livros e dezenas de milhares de periódicos, mapas e coleções de arte.

Fundada como Biblioteca Municipal de São Paulo, em 1925, funcionou durante 15 anos na Rua 7 de Abril, mas com o passar dos anos, foi necessária a transferência para um local que comportasse o aumento, tanto do acervo quanto do número de consulentes.

Assim, no dia 25 de janeiro de 1942 o então prefeito Prestes Maia inaugurou oficialmente o atual prédio, idealizado por Rubens Borba de Morais, localizado na Rua da Consolação, 94. Em 1960, como forma de homenagem, a biblioteca recebeu o nome do autor modernista.

Citando Luis de Camões, aqui fica uma reflexão: "Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos" e parafraseando Mário de Andrade "Tenhamos paciência, andorinhas curtas, só o esquecimento é que condensa..."


 

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Publicado por Adriano Vieland às 10:29 | permalink | compartilhar
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