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Nossa paulicéia: retratos, retalhos...
06/10/2006
Lampião de gás!
Um dos raros exemplares de lampião a gás, localizado ao lado da Casa de Anchieta, no Pateo do Collegio, por Adriano Vieland

Instalados em 1872 pela São Paulo Gás Co., de Londres, em substituição aos lampiões a querosene, alguns lampiões a gás - recuperados em 2001 - ainda se fazem presentes nas próximidades do Pátio do Colégio.

Uma música lançada em 1958, um clássico da música popular brasileira, de autoria de Zica Bergami, retrata com poucas e sensíveis palavras, uma noite da São Paulo antiga, da qual a compositora foi testemunha:

"Lampião de gás", Zica Bergami

Lampião de gás!
Lampião de gás!
Quanta saudade
Você me traz!

Da sua luzinha verde-azulada
Que iluminava minha janela
Do almofadinha, lá na calçada
Palheta branca, calça apertada

Do bilboquê, do diabolô,
"Me dá foguinho" - "vai no vizinho",
De pular corda, brincar de roda,
De benjamim, jagunço e chiquinho...

Lampião de gás!
Lampião de gás!
Quanta saudade
Você me traz!

Do bonde aberto, do carvoeiro,
Do vassoureiro, com seu pregão,
Da vovozinha, muito branquinha,
Fazendo roscas, sequilhos e pão.

Da garoinha, fria, fininha,
Escorregando pela vidraça,
Do sabugueiro, grande e cheiroso,
Lá no quintal, da rua da Graça

Lampião de gás,
lampião de gás!
Quanta saudade,
você me traz!


 

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Publicado por Adriano Vieland às 09:23 | permalink | compartilhar
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