
Sua posição é a mesma desde 1939, aguarda a caça que nunca vem, mirando sua atenção para a Praça da República; fixo, inerte, com as veias do braço saltadas tamanho o esforço empreendido. É o sangue quente correndo num corpo de bronze.
Os arredores mudaram tanto desde sua chegada, conturbado processo que vem transferir uma nova leitura à seu olhar, de pleno bravio, à temeroso incerto.
Já lhe desrespeitaram tanto, lhe ignoraram tantas vezes, que tal atualização é plenamente válida, e por quê não, aceitável; sobre um pichado pedestal de granito, a obra de João Batista Ferri encontra-se no início da Avenida Vieira de Carvalho, próximo da Praça da República.
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