30/01/2007
|
Relógio Público de Nichile
|

No cruzamento da São João com a São Bento, marcando as horas desde o dia 5 de abril de 1935, correm os minutos no Relógio Público de Nichile.
Três faces, base de granito, alguns metros de ferro fundido e um incalculável valor histórico para nossa cidade; o único remanescente de outros seis exemplares (há dúvidas quanto a um sétimo) que foram instalados na cidade por Ottávio de Nichile, a partir de 1933.
Marcadores: Centro, cotidiano, patrimônio histórico, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 22:12 | permalink |
compartilhar
|
29/01/2007
|
Géométrique, gigantesque!
|

Senhor do tempo, encaixe as peças, pois tudo parece ter corrido rápido demais.
A descomunal vista da cidade a partir do topo do Edifício Altino Arantes, a Torre do Banespa, o mais famoso dos verticais paulistanos. Panorama São Paulo!
Marcadores: Centro, cotidiano, século XXI, skyline
|
Publicado por Adriano Vieland às 07:34 | permalink |
compartilhar
|
28/01/2007
|
O painel do Triângulo
|

No cruzamento das ruas José Bonifácio e Quintino Bocaiuva, o Edifício Triângulo, primeiro prédio modernista da cidade - projetado por Niemeyer - guarda um verdadeiro tesouro, que precisa, urgentemente de restauro.
Aos remendos, na entrada principal do prédio, um belo painel de pastilhas de Di Cavalcanti. Ele pede socorro.
Marcadores: abandono, Centro, cotidiano, modernismo, século XX, triângulo histórico
|
Publicado por Adriano Vieland às 20:39 | permalink |
compartilhar
|
27/01/2007
|
As palmeiras e a torre
|

Do marco zero, olhando alto para o lado esquerdo, o detalhe das palmeiras da praça, o verde-equilíbrio para o cinza dominante, se contraponto à uma das torres da Catedral da Sé, na tarde de sol do último dia 25.
Marcadores: Centro, cotidiano, Sé, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 09:33 | permalink |
compartilhar
|
26/01/2007
|
Underground
|

A entrada - infelizmente abandonada - da, atualmente lacrada, passagem subterrânea da Praça Ramos de Azevedo, para os baixos do Viaduto do Chá. Quanto bom uso poderia ser aplicado. Desperdício e desrespeito.
Marcadores: abandono, Centro, Praça Ramos de Azevedo
|
Publicado por Adriano Vieland às 23:44 | permalink |
compartilhar
|
25/01/2007
|
453
|

Parabéns minha cidade, musa louca, inspiradora, caótica, brilhante, gigante, singular, ímpar. Na imagem, a representação em forma de homenagem - o Pateo do Collegio - local onde tudo começou, 453 anos atrás.
Marcadores: Pátio do Colégio, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 00:01 | permalink |
compartilhar
|
24/01/2007
|
Catedral Grego-Melquita Católica do Brasil
|

Tímida, situada na "confluência" das ruas do Bernardino de Campos e do Paraíso encontra-se a antiga Catedral de Nossa Senhora do Paraíso, atual Catedral Grego-Melquita Católica do Brasil.
Projetada por Benedito Calixto de Jesus Neto em 1951, exibe, através de sua arquitetura, os tradicionais traços das igrejas orientais; com exuberantes pinturas retratando passagens bíblicas; conta com algumas raras peças - como os chamados "Santos Ícones" - que retratam o "Cristo Todo Poderoso" - Cristo Pantokrator - e a "Mãe de Deus" - Theotokos. Exemplos raros, únicos na cidade.
Marcadores: igrejas, Paraíso, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 23:27 | permalink |
compartilhar
|
23/01/2007
|
Basílica do Carmo
|

Projetada pelo polonês Georg Przyrembel e erguida em 1934, a basílica situada na rua Martiano de Carvalho, na Bela Vista, conta com seu frontão em arenito, e elementos de referência barroca.
Um tesouro da arquitetura religiosa da cidade, abriga verdadeiras preciosidades, como o altar da igreja original, de 1594, onde pode-se vislumbrar uma imagem de Nossa Senhora, datada de 1766.
Seus vitrais são de autoria de Conrado Sorgenicht, que também executou os presentes no Teatro Municipal e no Marcado Central, e as pinturas do teto são de Túlio Mugnaini.
Ainda que aparentemente em ótimo estado de conservação, o arenito presente na construção merece uma atenção especial no que refere a sua preservação, pois já ficam nítidos em alguns pontos sinais da degradação ocasionada pela ação do tempo, poluição, chuvas, e por quê não, nosso - infelizmente - corriqueiro jeito paulista de cuidar do patrimônio histórico-cultural.
Marcadores: Bela Vista, Bixiga, igrejas, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 21:59 | permalink |
compartilhar
|
22/01/2007
|
Casa das Rosas
|

Remanescente dos clássicos casarões da Paulista, localizado no número 37 da avenida, foi projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo pouco antes de sua morte, e inaugurado em 1935 - viria a servir de residência para uma de suas filhas.
Recebeu essa denominação em função de seu jardim de rosas, então um dos maiores e mais belos da cidade. Hoje abriga um espaço cultural voltado à poesia e literatura.
Marcadores: Avenida Paulista, casarões, Ramos de Azevedo, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 09:55 | permalink |
compartilhar
|
21/01/2007
|
Pontes e viadutos
|

No reflexo, durante o movimento do ônibus nas proximidades da Avenida dos Bandeirantes e Berrini, paralelamente, a ponte Ary Torres e o viaduto Reúplica da Armênia.
Marcadores: cotidiano, século XX, Zona Sul
|
Publicado por Adriano Vieland às 01:30 | permalink |
compartilhar
|
20/01/2007
|
Pane-D'Italia
|

Rua 14 de Julho, 92, Bixiga; esse é o endereço de uma das mais tradicionais padarias da cidade - a Padaria 14 de Julho, de 1897; pequena, discreta, rústica, tradicional, comercializa os tradicionais pães italianos, embutidos, queijos, vinhos, conservas; um micro-universo onde é possível se perder com tanta história.
"Em 1897, nostro nono entravaga de carroça nossos pães, porém a carroça se foi, mas a receita do pão ainda é a mesma"; a frase está impressa nas sacolas plásticas usadas para guardar as compras; vale uma visita (dica: os grissinis com queijo parmesão e os de alho são ótimos!)
Marcadores: Bixiga, Centro, comércio, italianos, século XIX, século XX, século XXI
|
Publicado por Adriano Vieland às 12:07 | permalink |
compartilhar
|
19/01/2007
|
Mercúrio e o "treme-treme"
|

Um dia tumultuado e cheio de imprevistos fizeram com que o post de ontem, só entrasse hoje no ar. Meus mais sinceros pedidos de desculpas.
Gigantes siameses perdidos junto a margem do Tamanduateí, de frente para o Mercadão: o ainda habitado, e decadente, edifício Mercúrio e o desocupado São Vito - o "treme-treme" - de 1959, que outrora chegou a abrigar 3 mil moradores em suas complexas e pouco amistosas dependências.
Marcadores: abandono, Centro, edifícios, século XX, século XXI
|
Publicado por Adriano Vieland às 11:51 | permalink |
compartilhar
|
18/01/2007
|
9 de Julho, seu vale e viadutos
|

Do passeio de sábado a tarde, a avenida 9 de Julho em direção ao Centro, com detalhe para seu vale, um cânion urbano formado por blocos de concreto que cortam os céus da cidade, e seus charmosos viadutos em corte seco.
Marcadores: Avenida 9 de Julho, Centro, cotidiano, século XX, século XXI
|
Publicado por Adriano Vieland às 00:49 | permalink |
compartilhar
|
17/01/2007
|
A conversa
|

Tenho uma relação de carinho e admiração pela Bela Vista; durante o período em que estudei no bairro, tive a chance de "descobrir" um universo repleto de surpresas, como essa, na fachada de uma casa, onde podemos nos deparar com duas imagens numa animada conversa, enquanto despejam o líquido contido em seus jarros, como ânforas, para a rua.
Marcadores: Bela Vista, Bixiga, cotidiano, esculturas, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 08:18 | permalink |
compartilhar
|
16/01/2007
|
O edifício da FIESP
|

Projetado em 1969 por Roberto Cerqueira César e Luiz Roberto de Carvalho Franco, o edifício da FIESP é um ícone da arquitetura brasileira; inconfundível traçado e volume, deslumbra quem passa por nossa Avenida Paulista.
Marcadores: Avenida Paulista, edifícios, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 23:01 | permalink |
compartilhar
|
14/01/2007
|
Vila Itororó
|

Indecifrável, incomparável, extravagante, exótica, histórica, e infelizmente - totalmente - deteriorada. Situada na rua Martiniano de Carvalho, a Vila Itororó foi a primeira vila urbana da cidade e um marco no Bixiga, um dos berços da imigração em São Paulo.
Construída em 1922 pelo português Francisco de Castro, um tecelão e entusiasta da arquitetura e engenharia, tinha - e ainda tem - como destaque o casarão principal, de quatro andares, exibindo incontáveis ornamentos artísticos, muitos re-utilizados de outras construções demolidas, como o antigo Teatro São José.
Empregando técnicas então inéditas de projeto e construção, o casarão ficou famoso na época, sendo apelidado de a "Casa Surrealista". Somado a ele, nos 4,5 mil metros quadrados da área da vila, outras 37 casas foram erguidas, além de uma piscina, a primeira da cidade numa residência particular.
O local recebeu esse nome em função do riacho do Vale do Itororó, que corria ali, paralelamente ao conjunto de casas, e que posteriormente deu lugar à avenida 23 de Maio.
Tempos depois de sua inauguração e uso, com a finalidade de quitar antigas dívidas do tecelão, a vila foi leiloada, sendo arrematada pela Santa Casa de Indaiatuba, que passou a alugar as residências.
Longa vida à Vila Itororó; que venham reformas, restauros e melhorias - um potencial núcleo cultural para a cidade. Que todas as famílias que ali residem, vivem, sejam assistidas atenciosamente; é o mínimo que podemos desejar à esse gigante tesouro escondido de nossa metrópole.
Em qual outro lugar do país você encontraria um local assim?
Marcadores: Bixiga, casarões, Centro, deterioração, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 10:00 | permalink |
compartilhar
|
13/01/2007
|
Daquele anno
|

Na altura do número 217 da rua Florêncio de Abreu, o incontestável abandono de um casarão de belos traços - fortes, marcantes... e infelizmente ignorados.
Entre vidraças quebradas e tijolos aparentes, o valor do tesouro, que pode ser calculado através da marcação "Anno MDCCCXCII" - 1892 - exibida em seu frontão.
Marcadores: abandono, Rua Florêncio de Abreu, século XIX
|
Publicado por Adriano Vieland às 11:10 | permalink |
compartilhar
|
12/01/2007
|
O anjo-soldado, o prédio comercial
|

Apenas observando, fazendo guarda, eis o anjo-soldado no Mosteiro de São Bento, e contrastando na cena, um prédio comercial na Florêncio de Abreu.
Marcadores: Centro, cotidiano, Largo de São Bento, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 01:44 | permalink |
compartilhar
|
11/01/2007
|
Descascando o abacaxi
|

Literalmente, sem meias verdades; ao lado da passagem para a Rua Carlos de Souza Nazareth, próximo da 25 de Março, o homem, um vendedor, em seu rito diário, descasca o abacaxi. Passatempo, passa.
Marcadores: comércio, cotidiano, século XX, vendedores
|
Publicado por Adriano Vieland às 23:33 | permalink |
compartilhar
|
08/01/2007
|
Paralelepípedo
|

Solo pai do asfalto que cobre a capital, ainda se faz presente, ordenado, alinhado, sólido, guiando passos, rotas, trilhas; eis o paralelepípedo, que ainda se faz presente em ruas da capital.
Marcadores: cotidiano
|
Publicado por Adriano Vieland às 21:46 | permalink |
compartilhar
|
07/01/2007
|
O grito
|

No grafite de autoria desconhecida, na rua Gomes de Carvalho, próximo da Funchal - na Vila Olímpia - o todo cinza em explosão; a expressão descompromissada de um desespero incerto, o grito, uma cidade, em grito. A síntese do desespero que vez ou outra temos que enfrentar.
Marcadores: cotidiano, grafite, século XX, século XXI, Vila Olímpia, Zona Sul
|
Publicado por Adriano Vieland às 20:35 | permalink |
compartilhar
|
06/01/2007
|
Moda de viola
|

Miscelânea cultural, complexa, incomparável; em meio a cidade que nunca para, numa manhã de sábado no Largo São Bento, uma dupla exibe aos atentos ouvintes transeuntes uma moda de viola. Belo show.
Marcadores: artistas, Centro, cotidiano, Largo de São Bento, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 09:35 | permalink |
compartilhar
|
05/01/2007
|
Porta ornamentada
|

Com certeza, no passo corrido da semana, fica despercebido ao apressado o belo e ornado trabalho presente na porta de entrada do Edifício São Bento, na rua Florêncio de Abreu, 157.
Por falta de dados a serem conferidos, não consido garantia a informação, mas trata-se - arrisco - de um belo exemplo art déco; se alguém puder confirmar essa informação...
Marcadores: Centro, cotidiano, Rua Florêncio de Abreu, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 08:59 | permalink |
compartilhar
|
04/01/2007
|
Estação da Luz
|

Pouco mais de um século, esse é o tempo que se faz presente em nosso cotidiano um dos mais belos prédios públicos da cidade.
Inaugurada em 1º de março de 1901, a Estação da Luz é um dos nossos tesouros mais bem retratados, estudados, discutidos; referências bibliográficas são incontáveis, imagens de arquivo, idem. Trata-se de um marco e, porquê não, um dos responsáveis pela transformação da pequena vila em megalópole.
Uma curiosidade relacionada à sua construção, é que todo material utilizado foi importado; dos pregos e tijolos ingleses, às telhas cerâmicas de Marselha, França, e a imponente estrutura de aço de Glasgow, Escócia; peça por peça, todas vieram de diversas partes do mundo através do Atlântico.
Restaurada recentemente, hoje, além de continuar prestando serviços à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, abriga o Museu da Língua Portuguesa, um dos mais modernos e visitados museus do país, propiciando uma interação única com nosso - por tantas vezes tão surrado - idioma, suas obras, ícones, enfim, vale uma visita para o quanto antes.
Marcadores: Centro, estações, Luz, prédios históricos, século XX, século XXI
|
Publicado por Adriano Vieland às 09:37 | permalink |
compartilhar
|
03/01/2007
|
O teto do Mercado
|

Entre os corredores e o mazanino, aromas, temperos, cores e sabores, mas no teto, as telhas de vidro, a linda clarabóia; iluminação, ventilação, inspiração: o firme e consciente traço de Ramos de Azevedo, no Mercado Municipal Paulistano - o Mercado Central, da Cantareira - o nosso "Mercadão", de 1932.
Marcadores: Centro, cotidiano, prédios históricos, século XX
|
Publicado por Adriano Vieland às 11:54 | permalink |
compartilhar
|
02/01/2007
|
E qual é a solução?
|

O Viaduto Florêncio de Abreu foi inaugurado em 1929 em substituição a uma antiga ponte que cortava um trecho do Rio Anhangabaú, hoje canalizado sob a rua Carlos de Souza Nazareth; são 15 metros de comprimento por 14 de largura, somando 1,80 dos "passeios" laterais.
Como a própria descrição técnica pesquisada aponta, trata-se de uma obra composta por uma "grelha" metálica, de perfis metálicos, unidos por rebites; fabuloso mas, termos técnicos a parte, a visão que temos da parte inferior desse viaduto - um dos históricos no Centro da cidade - é algo que beira o desesperador.
O tráfego de veículos de grande porte - alguns que visivelmente eram maiores que os 3,8 metros indicados como limite pelas placas de sinalização - danificou boa parte de sua estrutura, especificamente, sua viga principal, tornando a construção totalmente comprometida; ações de prevenção não são visíveis - pelo menos é o que percebemos numa breve visita ao local - sugerindo o abandono, e causando enorme desconforto para aquele que, nem que seja por acaso, o observa.
Pesquisando a respeito, foi obtida uma informação - a fonte não é confiável, pelo menos por enquanto; existe um impedimento quanto a reforma desse viaduto pois como a região foi tombada pelo patrimônio histórico, torna-se obrigatório o uso de rebites originais - da década de 20 - o que vem a tornar toda e qualquer tentativa de reforma algo bem complexo.
Por isso, deixo aqui minha pergunta: E aí, qual é a solução?
Marcadores: abandono, Centro, cotidiano, século XX, viadutos
|
Publicado por Adriano Vieland às 10:33 | permalink |
compartilhar
|
|
|